BORGES E JUNG: Um possível encontro

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BORGES E JUNG: Um possível encontro

Anunciamos o curso:
“BORGES E JUNG: Um possível encontro”


Modalidade: 100% por ZOOM, 4 reuniões quinzenais.
Começa na sexta-feira, 9 de outubro de 2020.


Certificado: Fundacion de Psicologia Analitica Junguiana FPAJ Pers. Jud. 350A / 14


Relatórios e registro:
Fpajcordoba@outlook.com

2) PROFESSOR
Nome e Sobrenome: Santiago Javier Torres
Título: Prof. Lic. Em Psicologia
Email: santipsico@hotmail.com

 


3) OBJETIVOS.-
3.1) Objetivos Gerais.-
Apresentar os conceitos de Psicologia Analítica de C.G. Jung de sua aplicação na obra de Borges.


3.2) Objetivos específicos.-
– Adquirir conhecimentos especializados a partir do quadro conceitual da Psicologia
Analítico sobre sua contribuição aos estudos sobre a obra de Borges.
– Compreender a importância e interpretação analítica dos simbolismos implícitos nas histórias de Borges.
-Analisar alguns conceitos fundamentais da teoria junguiana contidos nas histórias de Borges.

 


4) FUNDAÇÃO .-
Borges nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1899. Escritor de profissão, seu trabalho consiste em poesia, ensaios e contos. Quem já se aproximou da obra de Borges sabe que ela está impregnada de conceitos e símbolos que se repetem tanto na sua obra como na cultura (diferentes culturas), na filosofia e nas mitologias antigas. Entre os símbolos e conceitos que devem ser destacados estão o tempo, os sonhos, a imortalidade, o labirinto. Cada um desses e outros símbolos está relacionado de uma maneira especial às teorias junguianas. Algumas das teorias junguianas relacionadas são arquétipos, a alma, complexos, sincronização e o inconsciente coletivo.
Para Carl Gustav Jung, os arquétipos são conteúdo semântico puro que representamos por meio de imagens diferentes. Jacobi (1963) diz-nos que os arquétipos são uma espécie de cristais moldados mas invisíveis, aos quais associamos uma ou mais imagens. A “forma do cristal” é um significado puro (por exemplo, conhecimento) e o conteúdo (o que tornará o cristal “visível”) que vamos dar a ele será a imagem arquetípica. Assim, os indivíduos têm uma intuição do que é o conhecimento – para citar um exemplo – e ele pode ser representado na forma de diferentes imagens, como o sol, a serpente, o pai, etc.
Jacobi (1963) diz-nos que os arquétipos são muito semelhantes às ideias platônicas, com a diferença de que estas são apenas “boas e perfeitas”, tendo a sua contrapartida “negativa” ou imperfeita no nosso mundo, o mundo do devir. Para Jung, por outro lado, os arquétipos contêm “luz e escuridão”, têm uma estrutura bipolar. Borges, sem saber – ou saber o que a todos é dado saber, algo que pertence ao conhecimento de todos – usou mais de uma representação arquetípica em seus escritos, entre os quais encontramos o labirinto (representa a sombra na teoria junguiana), o tigre (representa o conhecimento), a rosa (representa o Ser, ou o arquétipo máximo), a Sombra, entre outros.
O trabalho de Borges é extenso, para não nos estendermos mais do que deveria, tentarei escolher as histórias ou escritos que considero mais adequados para cada tópico relacionado às teorias junguianas. A análise de um ou dois exemplos será suficiente para compreender a estreita relação de pensamento entre esses dois homens.
As sombras são representações primitivas, representações que podem ser relacionadas à nossa vida animal – Jung nos diz – que ficam no inconsciente e são desagradáveis ​​para a consciência. Da mesma forma, estes, apesar de não serem necessariamente maus, instilam medo e nos sonhos muitas vezes aparecem como adversários. São muitas as histórias em que Borges usa o labirinto como argumento, entre elas vale destacar: a casa de Asterión, o jardim das bifurcações, a morte e a bússola. Em todas essas narrações, o labirinto tem função de pesadelo, objeto imposto à realidade que nos confunde, nos desafia, nos condena, tudo ao mesmo tempo. Superar o labirinto como obstáculo significa – na teoria junguiana – um avanço na individuação.

Outro dos conceitos que podem ser traçados em Borges, especificamente em suas fantásticas narrativas, é o de Self, representado pela rosa, ou o Aleph, nome próprio que Borges teria dado a esse arquétipo. Jung afirmou que o Self representava o “todo coerente” de uma pessoa, que unifica o consciente com o inconsciente, e é o produto da individuação, ou seja, o processo de integração da personalidade. O Self geralmente é representado por um círculo. Entre os conceitos de Self e Aleph Borgeanos, aparentemente existem diferenças. Para Borges el “Aleph”, que es encontrado en una de sus narraciones, es un punto especifico, debajo de la escalera –y cerca de un escalón- de un sótano de una casa, es el punto donde todas las cosas del universo, todas las cosas del pasado, del presente y del futuro, se hayan, todas al mismo tiempo, sin interrumpirse unas a otras ,y, desde cierta posición apropiada, Borges llega –en la narración- a observar este punto del universo desde donde todo el universo se pode observar. Aparentemente, a única coisa que o arquétipo junguiano teria em comum com o Aleph de Borges é a imagem representativa, um pequeno círculo, um pequeno ponto. No entanto, o Aleph de Borges não contém todas as coisas do universo, ele contém todo o universo que podemos experimentar fenomenologicamente. Nesse sentido, é a pessoa que experimenta a sensação de estar diante de todo o universo ao mesmo tempo, no mesmo lugar. A pessoa que enfrenta o Aleph está sabendo tudo o que poderia ser dado a ele, e sabendo tudo o que nossa alma pode saber, acabamos nos conhecendo completamente. É uma representação literária do confronto com os medos, do confronto com os prazeres e a consequente integração da personalidade.
Borges Fotografía
Borges, nasceu em Buenos Aires Argentina em 1899. Escritor de profissão, sua obra consiste em poesia, ensaios e contos. Quem já se aproximou da obra de Borges sabe que ela está impregnada de conceitos e símbolos que se repetem tanto na sua obra como na cultura (diferentes culturas), na filosofia e nas mitologias antigas.

5) CONTEÚDOS ANALÍTICOS.
Unidade I
Aplicação dos conceitos Consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo nas seguintes histórias: “A escrita de Deus”, “O aleph”, “Os teólogos”, “Tlön, Ukbar, Orbis Tertius”.


Unidade II
Aplicação dos conceitos de Máscara, Sombra, Anima e Animus nas seguintes histórias: “O traidor e o herói”, “Borges e eu”.


Unidade III
Aplicação dos conceitos de processo de individuação e self nas seguintes histórias: “Biografia de Tadeo Isidoro Cruz”, “A loteria na Babilônia”, “Poema conjectural”, “Jardim de caminhos bifurcantes”


Unidade IV
Análise junguiana dos símbolos Labirinto, Biblioteca, o conceito de tempo entre os mais proeminentes na obra de Borges

 


6) BIBLIOGRAFIA
Barei, S., “Borges e a crítica literária”, Editorial Tauro, Madrid, 1999
Borges, J.L, “Ficciones” (1944) Obras Completas, TI, Emecé Editores, Barcelona, ​​1996.
Borges, J.L, “El Aleph” (1949) Obras Completas, TI, Emecé Editores, Barcelona, ​​1996.
Borges, J.L, “The other, the same” (1964) Complete Works, TII, Emecé Editores, Barcelona, ​​1996.
Borges, J.L, Obras completas em colaboração, Emecé Editores, Buenos Aires, 1997.
Campbell, J. (1997) “O herói com mil faces. Psicanálise do mito ”Ed Fondo de Cultura Económica. Argentina.
Cittadini, M.G. B., “Vindicações do infinito”, Ed. Jorge Luis Borges International Foundation, Argentina, 2003
Gutiérrez, E., “Borges e os caminhos da filosofia”, Grupo Editor Altamira, 2001
Jung, C.G. (2004) Os arquétipos e o inconsciente coletivo, Vol. 9/1, Trotta, Madrid.
Jung, C.G. (2001) Civilization in Transition, Vol. 10, Trotta / Fund. Carl G. Jung, Mad.
Jung, C.G. (1979) O homem e seus símbolos, Aguilar, Espanha.
Jung, C.G. (1972) Psychological types, Sudamericana, Bs.As
Rest, J., “O labirinto do universo. Borges e o pensamento nominalista ”, Ediciones Librerías Fausto, Buenos Aires, 1976
Salas, H., “Borges, a biography”, Grupo Editorial Planeta, Argentina, 1994
Sarlo, B., “Borges, um escritor na costa”, Grupo Editorial Planeta, Buenos Aires, 2003
Sorrentino, F., “Seven conversations with Jorge Luis Borges”, Editorial El Ateneo, Buenos Aires, 2001
Martos Nuñez, E. (2007) “Contos e lendas tradicionais” Edições da Universidade de Castilla-La Mancha. Espanha
Michelet, J. (2009) “The witch. Um estudo das superstições da Idade Média ”Ediciones Akal, Espanha Ediciones Akal, Espanha
Propp, V. (2009) “Morfologia da história” Ediciones Akal, Espanha

Jung y Borges
Carl Gustav Jung foi um psiquiatra, psicólogo e ensaísta suíço, uma figura-chave no estágio inicial da psicanálise; mais tarde, fundador da escola de psicologia analítica, também chamada de psicologia complexa e psicologia profunda.

7) METODOLOGIA DO DITO-
7.1) Atividades presenciais.-
O curso é do tipo didáctico e aberto à discussão de temas relevantes, sendo as aulas 100% virtuais pela ZOOM.
Serão realizados 4 encontros, com duração de 1 hora e 30 min.

 


8) PLANO DE TRABALHO / CALENDÁRIO.-
Dias: sexta-feira
Horário: 20h00 às 21h30
Duração: Bimestral
Frequência: quinzenal
Início: 9 de outubro de 2020 / Fim: 27 de novembro de 2020
Número de partidas programadas: 4 (quatro)
Sexta-feira 09/10/2020 20:00 às 21:30 Unidade I Prof. Licenciado Santiago Javier Torres
Sexta-feira 23/10/2020 20:00 às 21:30 Unidade II Lic. Esp. Luciano Torres
Sexta-feira 13/11/2020 20:00 às 21:30 Unidade III Prof. Lic. Santiago Javier Torres
Sexta-feira 27/11/2020 20:00 às 21:30 Professor Convidado da Unidade IV

 


11) CARGA DE HORA.
11.1) Carga horária total: 6hs
11.2) Carga horária por reunião 1 hora 30 min

 


12) DESTINATÁRIOS.-
Destinado a Licenciados em Psicologia, – Alunos avançados da carreira de psicologia, – Público em geral

 


14) TARIFAS.-


Os pagamentos podem ser por Paypal, Mercadopago ou Transferência Bancária


a) Profissionais $ 2500 (pesos argentinos) / $ 40 (dólares) por mês
b) Estudantes de pós-graduação e graduados $ 2.000 (pesos argentinos) / $ 30 (dólares) por mês


Para mais informações, entre em contato com o e-mail: fpajcordoba@outlook.com

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